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Quem cria o seu filho?

No século passado, boa parte da família atuava assim: o pai trabalhava e a mãe cuidava da casa e dos filhos. Ganhamos mais independência e, em alguns casos, somos até as chefes de família, mas toda esta "igualdade de direitos" tem feito com que os integrantes da família passe muito tempo longe um do outro. E, a parte mais triste, algumas crianças estão sendo criadas por terceiros, por algum parente ou babá... eu entendo que é impossível dar atenção para os filhos quando a jornada de trabalho começa às 8h e é preciso sair de casa 1h ou até 2 horas antes (quando o filho ainda está dormindo), chegando por voltas das 20h ou 21 horas (quando boa parte das crianças, principalmente os bebês, já estão dormindo), mas o que é feito nos horários ou dias em que poderiam estar juntos? 
Não é só quantidade, mas a qualidade do tempo que passamos com os filhos é muito importante!!!

Não sei se já contei aqui no blog antes, mas resolvi engravidar em 2005 quando já tinha 30 anos, estava há 15 anos em um relacionamento sério, morávamos juntos, já tinha feito faculdade, trabalhava em uma multinacional, só faltava a casa própria. Naquele mesmo ano compramos um terreno e fui à ginecologista para saber o que eu precisava fazer para preparar meu corpo para receber meu filho. Ela achou incrível, disse que geralmente as pessoas não se planejam tanto e só costumam procurá-la quando já estão grávidas ou estão tendo dificuldades para engravidar... felizmente, não foi o nosso caso. Em 2006 o Enzo nasceu, mas apesar de todos os cuidados e preparações, foi prematuro, passou 51 dias em uma neonatal e eu decidi abrir mão do meu emprego, a princípio, temporariamente. Achava que tinha esperado tanto tempo por ele, que ele merecia ter toda a atenção do mundo!!! Eu sei que nem todas podem se dar à este luxo mas, felizmente, meu marido tem emprego estável e esta foi a melhor opção na época. Neste mesmo ano, abriu concurso para o magistério. Eu nunca tinha dado aula, só tinha feito estágio, fora que tinha me formado no século passado kkk sério, mas quem não chora não mama, né? E passei. Enquanto esperava ser chamada, resolvi montar um brechózinho com a minha mãe em frente à casa dela, pois lá a rua tem mais movimento do que a minha. Durou apenas alguns meses, pois fui chamada no ano seguinte e não tinha mais pique para cuidar da casa, filho, marido, trabalho e brechó. Foi então que criei o blog, acho que em 2008 (vou checar depois a data). 

É claro que, como professora do Estado do RJ, não ganho nem perto do que ganhava antes, mas pelo menos não sou mais tão dependente do marido e ainda tenho o privilégio de fazer o que gosto! Tenho uma carga horária pequena, são apenas 16 h/aulas por semana e, este ano, consegui montar um horário de acordo com o horário do colégio do filhote, o que faz com que a minha mãe apenas leve e busque ele duas vezes na semana, que são os dias em que eu trabalho. É muito melhor do que ter que deixá-lo o dia todo, a semana toda com outra pessoa!!! Esta é a minha vida, a minha opção e minha opinião, ok? 

Agora, com o filhote prestes a completar 8 anos, já posso pensar em uma carga horária maior, com um salário melhor e fazer as coisas que ainda não pude fazer. Quero tirar carteira, passaporte, criar minha loja virtual, quem sabe uma marca com a minha cara  e meus gostos, fazer alguma atividade física... enfim, tudo é possível, o céu é o limite, mas sim, criar um filho não é mole, não é fácil e não é para qualquer um!! Não vamos jogar esta responsabilidade para os outros, não é o tipo de coisa que se delega !!!

Resolvi fazer este post após ler esta matéria

3 comentários:

Unknown disse...

Achei a sua postagem extremamente pertinente a situação em que vivo. Sou formada em Biologia, nunca dei aula e hoje tenho 02 (dois) filhos.Sempre trabalhei muito, muito mesmo, até conseguir ajudar a comprar a casa em que moramos. Sou casada a 12 (doze) anos e meu mais velho tem 11 (anos) e infelizmente não o vi crescer. O que me arrependo muito. Hoje, neste momento, optei em ter o que emprego nenhum pode me dar: a infância e o carinho dos meus filhos. Tenho um pequenino de 03 (três) anos e optei em ficar em casa, pelo menos por um tempo. Afinal, não posso me dar ao luxo de ficar somente em casa (financeiramente, nem psicologicamente). Mas sobretudo, apesar do cansaço e de me sentir em alguns momentos entediada,rs. Não há dinheiro nenhum que compre o carinho e a sua presença na vida de seus filhos. 1000 beijos !!

VERÔNICA disse...

Pois é, eu sei que dá para termos tudo, mas é preciso analisar o que é mais importante,né?

bjssss

VERÔNICA disse...

"não dá para termos tudo"

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